A Câmara Municipal de Marco de Canaveses está entre as melhores no pagamento a fornecedores. Os dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2023 revelam que, no ano passado, a autarquia marcoense obteve a segunda melhor performance financeira entre os municípios do distrito do Porto de média dimensão, e a quinta melhor, se forem considerados todos os Municípios.
De acordo com o documento da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), no prazo de pagamento, em média, o Município do Marco de Canaveses demora apenas 4 dias a liquidar as faturas a fornecedores, uma prática que distingue e coloca esta câmara entre as melhores do país.
“Nos últimos anos, o município tem mantido um grande índice de performance financeira, por isso não é uma admiração. No fundo, este ranking de uma entidade isenta e credível, também traz aqui uma certa certificação da gestão que nós fazemos dos bens públicos”, refere Nuno Pinto, Vereador com os Pelouros das Finanças e Desenvolvimento Económico do Município de Marco de Canaveses.
O vereador nota a forma “consciente” como o executivo atual gere o dinheiro que é de todos.
“Nesta questão particular do pagamento aos fornecedores, nós até aumentámos um pouco o prazo, porque estamos com dificuldades. O município desde que recebeu todas as competências nas áreas que foram descentralizadas pelo governo, com a integração de mais cerca de 300 pessoas e com muitos mais estabelecimentos de ensino e de saúde para gerir. Ainda estamos num processo de adaptação da máquina, porque cada vez há mais processos burocráticos, mais processos contabilísticos e mais fornecedores com quem trabalhamos”.
“A dificuldade neste momento é manter o padrão. Nós, realmente, temos capacidade financeira para honrar os compromissos com os nossos fornecedores, sejam eles do concelho ou fora dele, gostam cada vez mais de trabalhar com o município, porque nós pagamos a horas. Isso também dá um retorno à economia”, conclui.
A Presidente da Câmara Municipal, Cristina Vieira, participou na cerimónia de apresentação do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, integrando um painel de autarcas, que debateu a necessidade de uma nova Lei de Finanças Locais.