Marco de Canaveses: Cristina Vieira admite que não haverá escolas com “situações ideais” no próximo ano letivo [C/AUDIO]

CristinaVieiraEscolas_2020.08.04

A presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Cristina Vieira, admite que no próximo ano letivo, em virtude dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19, não haverá escolas com “situações ideais” no concelho.

A autarca, que é também responsável pelo pelouro da educação, assegura que estão a ser preparadas uma série de estratégias que permitam colocar em prática as medidas de segurança previstas pela Direção-Geral de Saúde (DGS), mas reconhece que não será possível ter “a situação ideal”. Por isso, apela “ao bom senso e à compreensão” dos pais e de toda comunidade educativa.

“Os edifícios são os mesmos, o número de funcionários é o mesmo, as condições físicas são as mesmas e as logísticas também. O que vamos ter todos que fazer é arranjar alternativas para que as escolas funcionem com a segurança que pretendemos. Não havendo situações ideais, vão haver situações que serão as razoáveis para o ano letivo iniciar com a devida segurança”, refere.


“A todos peço bom senso e, sobretudo, que tenham compreensão, porque esta é uma situação nova. Não há situações ideais. Nós não temos escolas que esticam, autocarros que duplicam a sua capacidade e, por isso, vamos todos ter de fazer um esforço para que as coisas corram bem”, vinca.

O Município do Marco de Canaveses, promoveu, na passada sexta-feira, uma reunião de trabalho com as Juntas de Freguesias e Agrupamentos de Escolas Concelhios para preparação do ano letivo 2020-2021.

Questões como equipamentos de proteção individual, formação e capacitação do pessoal não docente, gestão de refeições e refeitórios e transportes escolares foram debatidas no encontro.

Cristina Vieira revela que “há seis ou sete” estabelecimento de ensino do concelho cujas cantinas, pela sua dimensão, não dispõem condições de funcionalidade e de segurança exigidas pela DGS.

A autarca assume que, neste momento, ainda “não há uma resposta” para estes casos, mas assegura que serão encontradas “alternativas”.


“Talvez, numa situação ou outra, utilizar como refeitório as salas que até aqui estavam a ser utilizadas para atividades extra-curriculares, para dividir as crianças em dois espaços. Porventura, dividir as crianças em horários distintos. Umas almoçarem mais cedo, outras mais tarde”, sugere.

“Nós o que queremos é garantir que as crianças não tenham de sair da escola ou não tenham que ficar impedidas de frequentar as aulas só porque o refeitório é pequeno. Mas esta é uma situação que será concertada, quer com os coordenadores das escolas, quer com os pais. E por isso, vamos ter ainda algumas reuniões durante o mês de agosto”.

Em relação aos transportes escolares, Cristina Vieira assume que no próximo ano letivo “não haverá reforço de autocarros”.

A edil marcoense lembra que o Município de Marco de Canaveses “não dispõe de uma rede de transportes escolares, mas antes uma rede de transportes público que faz de transporte escolar”.


“Não vamos ter autocarros a fazer três ou quatro percursos para levar as crianças para as escolas. O que vamos ter de assegurar é que os autocarros continuem a ter os mesmos horários, altamente desinfetados, cumprindo todas as normas de segurança. Mas não vai haver reforço de autocarros”, sublinha.

“Eu sei que a população diz que há poucos autocarros, que há poucos horários, mas mesmo para manter este ‘pouco’, que é aquele que é exigível e possível, a Câmara Municipal está a suportar um encargo financeiro muito grande”, sustenta.

Cristina Vieira revela também que a autarquia “vai adquirir e disponibilizar gel anticéptico em todos os estabelecimentos de educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, bem como assegurar um pack de 3 máscaras sociais, por período escolar, e por cada colaboradora da Câmara Municipal afeta aqueles estabelecimentos”.



Foi ainda determinados que na primeira quinzena de setembro, “será ministrada formação especifica, pela Autoridade Local de Saúde do Marco de Canaveses, no âmbito da ação de capacitação no domínio da limpeza e desinfeção de edifícios e espaços escolares, bem como gestão de resíduos”.