BAIÃO: Intensidade de fogos ativos abrandou, mas ficou rasto de destruição

Um dos dois grandes incêndios que assolam Baião desde a passada segunda-feira está “praticamente extinto” e o segundo abrandou a intensidade nas últimas horas.

“A situação está mais calma, o vento abrandou e as temperaturas baixaram”, afirmou o presidente da autarquia baionense, Paulo Pereira.

O maior dos dois incêndios, que lavrou no sul deste concelho do distrito do Porto, a partir de Gôve, está quase extinto, esperando-se que durante a noite não resista aos meios de combate no terreno, entretanto reforçados, acrescentou.

Às 21:00, o dispositivo de combate era formado por 61 bombeiros e 18 operacionais.

O segundo incêndio, que partiu de Gestaçô em direção à serra da Aboboreira, ainda lavra em algumas zonas, nomeadamente na zona do Castelo e na encosta para Valadares, onde os meios estão posicionados para defender as habitações, se for necessário.

O presidente da câmara disse ter a indicação dos meios de combate de que durante à noite deverá haver possibilidades de pôr termo definitivo ao incêndio, com ajuda do aumento da humidade que está previsto. A única dúvida, ressalvou, é se o vento voltar a ganhar intensidade, o que dificultaria as operações.

Os dois incêndios deixaram um rasto de destruição em casas, veículos, floresta e terrenos agrícolas, nomeadamente vinhedos em tempo de vindima, que sucumbiram às chamas, num cenário nunca visto no concelho, reafirmou à agência Lusa.

Na serra da Aboboreira, por exemplo, foram destruídas as cerca de 8.000 árvores que tinham sido plantadas nos últimos anos pela autarquia, no âmbito de um projeto de reflorestação.

Também a vinha do Mosteiro de Ancede, propriedade do município, ficou reduzida a cinzas.

[Lusa]

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